sábado, 21 de junho de 2014

Golfos (Laminárias) de regresso ao PNSACV?

Apesar dos meus 24 anos de idade, ainda me recordo bem das enormes algas castanhas que povoavam durante o Verão todos os caneiros, poças das praias ao longo da Costa Vicentina. As "caranguejeiras" abraçavam estas algas, vulgo golfos, e vinham com as navalheiras agarradas aos braços. Os polvos escondiam-se no seu interior, assim como dezenas ou centenas de outras espécies marinhas que as utilizavam como abrigo. Como tal, também atraía certos peixes predadores, como o sargo ou o robalo. 

O "burro" foi uma das espécies mais prejudicadas com o desaparecimento dos golfos.

De há cerca de 10/15 anos para trás, os golfos praticamente desapareceram da nossa costa. Tendo em conta a sua importância para muitas espécies, foi um rude golpe no ecossistema marinho das nossas praias. Por exemplo, o "burro" (espécie de peixe da família dos bodiões), coincidência ou não, diminuiu drasticamente o seu número nos nossos caneiros e "poças" desde essa altura.

Foi naturalmente com muito agrado que verifiquei, durante a minha "fugida" de 3 dias a Aljezur esta semana que passou, a presença de bastantes golfos. E em vários locais diferentes. Não ainda com o tamanho que podem atingir, mas a aparentarem bastante mais "saúde". Terá alguma ligação o Inverno especialmente rigoroso que tivemos? Será uma recuperação para continuar?





Assim, até dá gosto ver os fundos muito mais... dourados!

terça-feira, 17 de junho de 2014

Uma aventura na Ilha

Hoje, uma vez que o meu tio desta vez é quem está ausente, lá tive de ir à pesca sozinho. Ando à meses à espera de uma oportunidade para ir fazer uma ilhada. Até agora, ou a faculdade não me permitia ou o mar não deixava. Desta vez, mesmo sozinho, tive de ir. E nada melhor que um sítio onde nunca tinha ido. Apenas tinha explorado cá de cima...

Primeiro passo, a descida. Já me tinham dito que era boa, e confiei. Mas confesso que quando vi umas cordinhas me assustei. Também olhei para o mar e vi que a passagem para ilha mexia bem... pensei duas vezes antes de continuar a descida. Mas lembrei dos "Marafados" e de como eles se ririam dos meus receios! E lá continuei...

A descida podia ser mais agradável, mas faz-se...
Uma vez lá em baixo, tinha de me preocupar mais com a passagem. O mar mexia de facto um pouco e ainda eram quase 40 metros a nadar, mas não me assustei, e passei sem sobressaltos. O que me chamou a atenção foi o facto de estar a nadar no meio de florestas de golfos (laminárias), que parecem este ano ter regressado ao PNSACV. Boa notícia!

Não se vê muito bem, mas a laminárias eram muito abundantes e com uma saúde e tamanhos já consideráveis.

A passagem para o pesqueiro, só mesmo a nado!

Depois de chegar à "ilha", então começar a pescar. As opções eram muitas, e como não conhecia a pedra, tive de andar a explorar. E que grande era. Comecei pela frente da pedra, onde ia sentindo algum peixe e se apanhava alguns pelo meio, mas nunca com o tamanho mais desejável. Com a maré baixa, lá encontrei um buraco completamente circundado de pedras, mas onde as ondas entravam a deixavam aquela àgua branquinha mesmo boa para dar  qualquer coisa... e foi esse buraco que me salvou o dia, com os 2 melhores peixes do dia, um sargo com cerca de 600g e um valente "matateu" (media exactamente 40 cm). Com o mar a encher tive de sair dali, antes de me vir embora ainda fui apanhar umas safias ao lado norte da pedra.

Os dois que deram algum "brilho" à pescaria.
Assim terminou a aventura, hei-de voltar ali mas de preferência acompanhado. Felizmente correu tudo bem, mas sozinho não é realmente o mais aconselhável. Serviu para explorar a pedra, e deu para apanhar uns peixinhos, já foi bom.

domingo, 1 de junho de 2014

Pascoa 2014

Desde o fim de semana da Páscoa até este dia, muitos dias se passaram. Tive a oportunidade de ter estado cá 5 semanas, ainda que intervaladas. "Abandonado" pelo meu sobrinho, fiquei muito limitado nos locais de pesca ( existem muitos locais, onde não vou sozinho, além da proibição absurda de pescar na Freguesia do Rogil), a somar às limitações naturais com vento, o estado do mar, e a quantidade e qualidade do peixe.

A "cor da agua" nem sempre foi a melhor, devido talvez ás tempestades, chegou a haver alturas em que com agua pelos joelhos não via os meus pés. A qualidade dos peixes era tal que houve dias de puro feeding fish e de praticar o catch and release. Com o passar dos dias esta situação foi melhorando.

Apesar de todas as limitações, não posso deixar de considerar como positivo, acima de tudo pelo tempo passado junto a este mar que tanto adoro.

Senti bastante a falta do Jorge, não apenas por me ter impedido de ir a bons locais, mas principalmente pela sua companhia. Não é a mesma coisa não ter o meu sobrinho por perto. Mas existem coisas que se sobrepõem á nossa vontade, e no caso dele até é por coisas boas, antes assim.

Aqui ficam 3 fotos que explicam a evolução do peixe apanhado.


 



E o Verão está ai á porta

Saudações para todos e divirtam-se acima de tudo, com segurança