segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A lógica da pesca...

Para terminar a semana, fui mais duas vezes à pesca no PNSACV. Na Quinta-feira, como o mar ainda dava uma porrada boa, fui até um pesqueiro que conheço muito bem mas que já não visitava há algum tempo. Ia tentar enganar um ou outro peixe ao lançamento, sem grande confiança do que ia sair dali. Na Sexta-feira, com a descida da ondulação, ia aproveitar para levar a prancha a uma "semi-ilhada" que muitas alegrias já deu aos Curiosos. Aí sim, estava com esperança de enganar uns dentuças...

Mas vamos por partes. Quinta-feira lá fui eu a meio da manhã, já com o mar a encher. Sabendo que o peixe estava a encostar mais à praia, fui até uns laredos com pouca profundidade fazer uns lançamentos com uma chumbada de 50g. Ao longo do dia de pesca a actividade foi bastante, com muitos toques, algumas desferragens, vários peixes devolvidos ao mar... e alguns que trouxe para casa. No total, vieram para casa 8 sargos e 2 safias. Dois dos sargos já considero mini-dentuças com umas 700/800g... um resultado bastante satisfatório para o tipo e pesca praticado e que me deixou com muita esperança para o dia seguinte na pedra talismã "semi-ilhada"!


A Pedra onde me "estabeleci" durante a maré cheia, junto à falésia.


Na Sexta-feira, lá fui cheio de fé, nem o sol tinha aparecido ainda. Os sinais eram bons, para não dizer excelentes: pesqueiro com muito bom passado, que conheço muito bem, mar em condições, e peixe na costa, como indicavam as anteriores pescarias. Calcei as barbatanas, pus-me em cima da prancha e assim que lá cheguei, comecei a pescar neste laredo, onde costumam comer uns bons dentuças:


Espanto-me quando sinto uns toques ao de leve, tipo safia... e lá veio o anzol limpinho... mau mau Maria! Insisto ali, e apanho mesmo uma safia! Num laredo daqueles, com o mar a rebentar forte e com uma escoa violenta, safias? 




Pois bem, foi mesmo um mau pronuncio. Corri todos os buracos da pedra, desde à frente, à esquerda, à direita e até atrás. E a praga estava por todo o lado! Eram aos montes... não deixavam nada mais comer. É verdade, trouxe algumas safias para casa. Mas sargos nem vê-los, excepto um palmeiro que foi devolvido.

E é assim a lógica da pesca... passei a semana até a apanhar alguns peixes jeitosos, em locais e em condições mais complicadas. Quando chega ao dia em que depositei todas as minhas fichas, encontro uma praga de safias... mesmo assim, foi uma boa semana de pesca, deu para matar o vício, comer uns bons sargos na brasa que já tinha saudades... venha a próxima!

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Regresso à pesca

Nestes últimos 3 dias, os Curiosos voltaram a atacar. Cheguei ao Rogil no Domingo pelas 15h, e pelas 16h já estava a descer a falésia para uma praia (de calhaus!) aqui perto. O mar já estava bastante vazio, mas como o mar era forte não restava outra opção a não ser lançar da praia, ao "reboliço" com uma chumbada de 50g. Fui sentindo toques com alguma frequência, mas o peixe não queria ferrar. Com a maré quase vazia, lá consegui subir até uma pedra onde conseguia lançar um pouco mais para a frente. Aí dei com eles, e numa questão de meia-hora, deu para apanhar 2 sargos a rondar o meio quilo, outro ligeiramente mais pequeno e ainda um outro, que tendo bem a medida, foi devolvido ao mar. O meu tio, com dificuldades pois usava uma cana de recurso (a outra está a arranjar), ainda tirou 2 sargos.



 Na passada Segunda-feira, com o mar a baixar ligeiramente, mas a continuar com muita força, fomos até uma praia de rebolos fazer uns lançamentos com o mar cheio. E a actividade de peixe foi constante. Apesar do forte vento de Sueste que se fazia sentir, e que atrapalhava a acção de pesca, deu para apanhar 4 sargos e 3 safias, num calibre parecido ao do dia anterior.

Já hoje, fomos fazer uma experiência, que já há muito tinhamos planeado (como "curiosos" que somos), mas nunca haviamos concretizado. Deu para ver que as nossas suspeitas de que iam comer ali sargos com mares mais fortes estavam certas. A falta de isco limitou o nosso tempo de pesca, mas deu para apanhar 4 sargos e uma safia,  entre os quais o maior sargo dos 3 dias, um mini-dentuças entre 700/800g, além de um robalote devolvido ao mar. Aqui vai uma foto desse peixe e do local.




Resumindo, 3 dias com algum peixe, razoável tendo em conta o estado do mar e tipo de pesca realizado. A ideia era vir dar às barbatanas, mas temos de esperar por outra altura...

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Uma semana de exploração


  
 
Os "Curiosos" voltaram à acção durante a 3a semana de Agosto. Aproveitámos o mar manso para consolidar alguns processos na visita a Pedras Ilhadas e juntamente com isso inaugurar/conhecer alguns novos spots. Já se sabia de antemão, pelo que nos diziam os locais, que o peixe era muito pouco. E assim se verificou, mas serviu para passarmos uns belos dias, ganhar experiência nas ilhas, e alguma coisa se trouxe sempre para casa (não houve chibos!!).


Numa pesca não ilhada, lá consegui tirar 3 sargos bons neste pesqueiro.

Em termos de peixe, como já disse, foi muito fraco. Em termos de sargos decentes (400/500 g) fui desenrascando apenas 1, 2 ou 3 por dia. As safias nos primeiros dias estiveram inexplicavelmente ausentes (para esta altura do ano). Apenas nos últimos 3 dias deram já alguns sinais e deu para capturar algumas já jeitosas, o que compunha um pouco mais a pescaria. E de vez em quando lá se aproveitou para trazer uns belos perceves também... Mas no final, em termos de balanço, uma coisa é certa: estamos bastante mais à vontade com a prancha e barbatanas, facilita imenso o acesso a muitas pedras e permite sonhar com "outros voos" no futuro, sempre com imenso cuidado e precaução.

Um dia fraco de peixe, mas numa pedra cheia de (bons) perceves.
Nota final só para um dos dias mais estranhos de pesca que me lembro. Estava a pescar muito bem com a minha chumbica de 10g e fio 0,22 mm fluorocarbono a ver se enganava um sargo num sítio onde fazia espuma, quando me vi numa enorma luta, das maiores que me lembro neste tipo de pesca. Tendo em conta o fio que tinha, tive imenso cuidado e paciência, mas ao fim de aproximadamente 5 minutos o peixe partiu a linha. Fiquei doente a pensar no que teria perdido... mudei o estralho para um 0,28 e voltei a meter ali. E logo fiquei descansado quando soube o que era. Nova luta, mas o peixe-porco já não conseguiu partir o novo estralho. Em 12 ferragens consegui tirar 10. Foi ali uma hora ou mais com lutas muito intensas, só por isso já deu gozo. O pior foi depois arranjá-los em casa... nunca tinha apanhado um peixe desses.

Os peixes-porco sempre deram para brincar num dia onde só mais um sargo foi capturado.

O meu tio, no seu estilo inconfundível de pesca!


 


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Um dia muito intenso...

No passado fim de semana, os Curiosos voltaram às pescas ilhadas, e para isso saíram um pouco da sua zona de conforto (Rogil) para estrear um pesqueiro, já identificado há bastante tempo como potencial alvo. A chegada à pedra correu muito bem, apesar de o caminho ser bastante trabalhoso, quer fora quer depois dentro de água. O mar era muito manso, como tem de estar para chegar com segurança à pedra, pelo menos até ter um pouco mais de prática, pois nota-se que é uma zona de fortes correntes por ter vários caneiros e pedras à volta.

Vista aérea do local. 











O mar neste dia estava manso, mas com um toque absolutamente necessário para dar uns sargos.

Chegámos com o mar a meia maré, na vazante, e rapidamente verificámos que o peixe não estava muito presente, apesar de estarmos numa fase de identificação dos melhores buracos na pedra. Consoante a quantidade e qualidade do peixe que nos parecia andar por ali, ajustámos a bitola das 300 g a ver se traziamos alguns peixes para a grelha suficiente para alimentar 16 pessoas numa refeição. E infelizmente foi essa bitola que foi aparecendo ao longo do dia, embora muito esporadicamente e intercalando com períodos de quase completa inactividade. No meio lá vinha um sargo ou outro com 400/500g. As safias, estranhamente para esta altura do ano, estiveram praticamente ausentes do pesqueiro. Já estávamos quase a preparar-nos para sair do pesqueiro, com o mar já em fase avançada da enchente, quando dei com um buraco onde comecei a tirar sargos consecutivamente. Primeiro na bitola das 300/400g, até começarem a sair entre 600/800 g. Ainda consegui apanhar 4 ou 5 desse calibre. Rapidamente, em poucos minutos, uma pescaria total de cerca de 4 kg, passou a cerca de 8 kg. O objectivo de ter peixe para grelhar para todos foi cumprido.


Quando começaram a entrar uns sargos jeitosos
Parte da pescaria, sem alguns dos maiores que saíram no fim.

Onde está a chave do carro?


Com o Sol a pôr-se rapidamente e sabendo do longo caminho até regressar ao carro, mesmo estando na fase quente de tirar peixe, tivemos de abandonar o pesqueiro. A saída foi tranquila, ainda deu para um mergulho antes de iniciar a longa e dura subida de mais de 100 metros de altura com todo o peso de peixe, material e um dia de pesca inteiro às costas. O problema foi chegar ao topo da falésia e o meu tio não encontrar a chave do carro... ups, ficou na pedra, deve ter caído do saco quando arrumava as coisas na mochila.

A enorme subida (foto tirada de baixo para cima).
Com poucos minutos antes de ficar noite, era impensável descer tudo de novo e voltar à pedra, sem ter a certeza se a íamos encontrar. Demorámos um pouco a abrir a porta do carro com uma técnica que o meu tio conhecia, e tentou fazer uma ligação directa, mas sem chave do carro o volante ia ficar sempre trancado... 

A situação era a seguinte: Quase noite, num local isoladíssimo, beco sem saída, com estrada péssima, a cerca de 5km da vila mais próxima e sem rede de telemóvel. E com toda a gente preocupadíssima em casa (ai a minha avó...) sem poder avisar. Que fazer? 

O Milagre

Estávamos já a mentalizar-nos para uma longa caminhada de 5 km até zonas habitadas à noite, estourados, todos molhados com os fatos vestidos (a roupa estava no porta-bagagens que não se consegue abrir sem chave). Quando do céu apareceram ali, praticamente perdidos, um jipe com um grupo de espanhóis surfistas. No meio daqueles caminhos todos, no meio do nada e àquelas horas, apareceram ali! Não podia ter sido em melhor altura. Deixando as coisas no carro (excepto o peixe), levaram-nos até à vila, onde contactámos para alguém nos vir buscar. 

No dia seguinte tivemos de lá voltar para ir buscar o material de pesca, já no meu carro. Ainda pensámos em voltar à pedra para procurar a chave, porque a suplente estava em Beja. Mas o mar estava completamente diferente, e não arriscámos a ir.

Assim passou um dia longuíssimo. O mais violento em termos físicos que me lembro na pesca, culminado com um problema chato que tivemos de resolver. Felizmente ainda deu para trazer uns bons peixes para casa.


segunda-feira, 21 de julho de 2014

Primeira Ilhada Profissional dos Curiosos

Este último fim de semana foi um passo importante para a evolução dos "Curiosos". Comprámos material a sério para fazer umas ilhadas com mais segurança e que nos permitem ir a pesqueiros antes praticamente inacessíveis. E se no Sábado fui aprender como se fazia com os excelentes professores Nuno Caçorino (Marafados para Pescar) e Manuel Oliveira (Fui à Pesca, ex-Gaviões do Mar), no Domingo peguei no meu tio e arrastei-o a uma aventura ilhada.



Para pesqueiro escolhi um que há muito queria testar, pois parecia-me ter boas condições para dar uns sargos. O que limitava a fé era o facto de os sinais nos últimos dias serem muito pouco positivos: pouco peixe, pequeno e a comer muito, muito mal. Mas tinha de ir experimentar.


O mar tinha uma porrada boa de vez em quando, mas tinha boas condições para dar uns peixes, assim eles quisessem. A passagem foi feita tranquilamente, e começámos a pescar. Sempre usando isco directamente apanhado no pesqueiro, durante a vazante as capturas, sem serem muitas, eram de excelente qualidade para a época do ano. Durante a enchente, com a ondulação a aumentar a força e o vento a soprar, as condições tornaram-se bastante mais difíceis. Para completar, apareceram algumas safias a comer muito mal, desiscando o isco mais facilmente. Ainda se apanharam 2 ou 3 sargos bons, mais uns quantos na volta de 200/250 g que foram devolvidos e meia-dúzia de safias, algumas devolvidas também. No total, tendo em conta as dificuldades e as pescarias anteriores, foi um resultado muito satisfatório para primeira pesca ilhada profissional dos curiosos, com a captura de alguns dentuças.







sábado, 21 de junho de 2014

Golfos (Laminárias) de regresso ao PNSACV?

Apesar dos meus 24 anos de idade, ainda me recordo bem das enormes algas castanhas que povoavam durante o Verão todos os caneiros, poças das praias ao longo da Costa Vicentina. As "caranguejeiras" abraçavam estas algas, vulgo golfos, e vinham com as navalheiras agarradas aos braços. Os polvos escondiam-se no seu interior, assim como dezenas ou centenas de outras espécies marinhas que as utilizavam como abrigo. Como tal, também atraía certos peixes predadores, como o sargo ou o robalo. 

O "burro" foi uma das espécies mais prejudicadas com o desaparecimento dos golfos.

De há cerca de 10/15 anos para trás, os golfos praticamente desapareceram da nossa costa. Tendo em conta a sua importância para muitas espécies, foi um rude golpe no ecossistema marinho das nossas praias. Por exemplo, o "burro" (espécie de peixe da família dos bodiões), coincidência ou não, diminuiu drasticamente o seu número nos nossos caneiros e "poças" desde essa altura.

Foi naturalmente com muito agrado que verifiquei, durante a minha "fugida" de 3 dias a Aljezur esta semana que passou, a presença de bastantes golfos. E em vários locais diferentes. Não ainda com o tamanho que podem atingir, mas a aparentarem bastante mais "saúde". Terá alguma ligação o Inverno especialmente rigoroso que tivemos? Será uma recuperação para continuar?





Assim, até dá gosto ver os fundos muito mais... dourados!

terça-feira, 17 de junho de 2014

Uma aventura na Ilha

Hoje, uma vez que o meu tio desta vez é quem está ausente, lá tive de ir à pesca sozinho. Ando à meses à espera de uma oportunidade para ir fazer uma ilhada. Até agora, ou a faculdade não me permitia ou o mar não deixava. Desta vez, mesmo sozinho, tive de ir. E nada melhor que um sítio onde nunca tinha ido. Apenas tinha explorado cá de cima...

Primeiro passo, a descida. Já me tinham dito que era boa, e confiei. Mas confesso que quando vi umas cordinhas me assustei. Também olhei para o mar e vi que a passagem para ilha mexia bem... pensei duas vezes antes de continuar a descida. Mas lembrei dos "Marafados" e de como eles se ririam dos meus receios! E lá continuei...

A descida podia ser mais agradável, mas faz-se...
Uma vez lá em baixo, tinha de me preocupar mais com a passagem. O mar mexia de facto um pouco e ainda eram quase 40 metros a nadar, mas não me assustei, e passei sem sobressaltos. O que me chamou a atenção foi o facto de estar a nadar no meio de florestas de golfos (laminárias), que parecem este ano ter regressado ao PNSACV. Boa notícia!

Não se vê muito bem, mas a laminárias eram muito abundantes e com uma saúde e tamanhos já consideráveis.

A passagem para o pesqueiro, só mesmo a nado!

Depois de chegar à "ilha", então começar a pescar. As opções eram muitas, e como não conhecia a pedra, tive de andar a explorar. E que grande era. Comecei pela frente da pedra, onde ia sentindo algum peixe e se apanhava alguns pelo meio, mas nunca com o tamanho mais desejável. Com a maré baixa, lá encontrei um buraco completamente circundado de pedras, mas onde as ondas entravam a deixavam aquela àgua branquinha mesmo boa para dar  qualquer coisa... e foi esse buraco que me salvou o dia, com os 2 melhores peixes do dia, um sargo com cerca de 600g e um valente "matateu" (media exactamente 40 cm). Com o mar a encher tive de sair dali, antes de me vir embora ainda fui apanhar umas safias ao lado norte da pedra.

Os dois que deram algum "brilho" à pescaria.
Assim terminou a aventura, hei-de voltar ali mas de preferência acompanhado. Felizmente correu tudo bem, mas sozinho não é realmente o mais aconselhável. Serviu para explorar a pedra, e deu para apanhar uns peixinhos, já foi bom.

domingo, 1 de junho de 2014

Pascoa 2014

Desde o fim de semana da Páscoa até este dia, muitos dias se passaram. Tive a oportunidade de ter estado cá 5 semanas, ainda que intervaladas. "Abandonado" pelo meu sobrinho, fiquei muito limitado nos locais de pesca ( existem muitos locais, onde não vou sozinho, além da proibição absurda de pescar na Freguesia do Rogil), a somar às limitações naturais com vento, o estado do mar, e a quantidade e qualidade do peixe.

A "cor da agua" nem sempre foi a melhor, devido talvez ás tempestades, chegou a haver alturas em que com agua pelos joelhos não via os meus pés. A qualidade dos peixes era tal que houve dias de puro feeding fish e de praticar o catch and release. Com o passar dos dias esta situação foi melhorando.

Apesar de todas as limitações, não posso deixar de considerar como positivo, acima de tudo pelo tempo passado junto a este mar que tanto adoro.

Senti bastante a falta do Jorge, não apenas por me ter impedido de ir a bons locais, mas principalmente pela sua companhia. Não é a mesma coisa não ter o meu sobrinho por perto. Mas existem coisas que se sobrepõem á nossa vontade, e no caso dele até é por coisas boas, antes assim.

Aqui ficam 3 fotos que explicam a evolução do peixe apanhado.


 



E o Verão está ai á porta

Saudações para todos e divirtam-se acima de tudo, com segurança

quarta-feira, 12 de março de 2014

No último suspiro

Nesta mini-deslocação de 4 dias ao Rogil (Aljezur), as pescarias estiveram longe, muito longe, de correr bem. Mas a pesca tem o dom de poder alterar tudo no último momento. Aqui fica um resumo do que se passou.

Segunda, dia 10 de Março

 

Se no Domingo estava um super-levante que não deixava pescar, na Segunda lá fui eu iniciar estas jornadas. As previsões indicavam uma subida da ondulação e tal se verificou, pelo que escolhi uma praia que aguentasse um pouco a ondulação e desse ao menos para fazer uns lançamentos ao fundo.


Tudo começou muito mal, com o passador da ponteira da cana a partir logo na montagem. Uns bons minutos estive eu a tentar arranjar um mecanismo que ao menos permitisse pescar. Depois de mais de 2 meses sem pesca não queria voltar logo para casa. Com limitações no lançamento longo, a actividade era muito pouca, só intercalada com um sargote que nem sem defeso teria lugar na minha rede... 

Com a maré a vazar, subi até uma pedra que permitia lançar um pouco mais longe na baía. Apanhei logo uma tainha jeitosa. Hum, às vezes os robalos andam no meio delas, pensei. Tornei a lançar no mesmo sítio, e senti um bom esticão. Quando senti o peixe preso é que foram elas. Estive com ele cerca de um minuto e apenas a tentar aguentar. Mesmo com a embraiagem a dar alguma folga, lá rebentou com o meu 0,28 mm. Só podia ser um robalo. Até me ir embora, vieram 2 robaletes, talvez os seus bisnetos, devolvidos em perfeitas condições.



Terça, dia 11 de Março

 

Neste dia, muito pouco há a contar. O mar era parecido ao dia anterior. Mais um surfcasting a ver se aparecia um tarolo ou um dentuças. Mas foi um dia muito fraco. Muito pouca actividade, intercalada com um espaço de 15 minutos onde tive um toque bom e apanhei 2 sargos, um devolvido ao mar e outro trouxe comigo, já com um tamanho razoável, porque engoliu literalmente o anzol 2/0 cheio de sardinha!



Quarta, dia 12 de Março

 

Tinha de estar às 14h30 em Lisboa. Maré baixa às 6 da manhã, mar a descer. Sinal de sargos muito fraco, além de estarem em defeso. Lá fui obrigado a fazer uma madrugada de spinning, algo que fiz pela terceira (!!) vez na minha curta carreira, a última vez há já uns 5 anos (!!).

Assim sendo, fui comprar um multifilamento no dia anterior e às 6 da matina já andava eu a caminhar pelos medos do Rogil em direcção ao pesqueiro. O mar era ainda batia forte nas pedras de dentro, onde eu pensava ir. Como quase nunca corrico tenho apenas 2 amostras, uma Angel Kiss e uma saltiga (a sardinha). Passei com o fato de mergulho para uma pedra, mas ao 6º lançamento parti a Angel Kiss por um erro de principiante, ao esquecer que não tinha a asa de cesto aberta e atirar a amostra assim contra a rocha. Acontece ehehe.

Só com uma amostra e com o mar a bater muito forte naquela pedra, mudei de ares. Mas as opções não me deixavam fé nenhuma. Eram pedras muito recuadas e com pouca água ainda. Mas não podia desistir. Corri a praia toda, saltando de pedra em pedra, sem resultado. Estava já a regressar, perto das 8 horas, para me vir embora, quando me lembrei de fazer uma visita a uma pedra onde às vezes dá uns sargos bons. O mar já tinha enchido um pouco, embora ainda se vissem muitas pontas de pedra à tona da água. Mas tentei. Uma, duas, três...nove, dez vezes... e nada. Estava mesmo a dar por encerrada a jornada, uma autêntica desilusão, no computo geral, os 3 dias. Mas foi mesmo, ao último lançamento e inesperadamente sinto um esticão na cana e logo percebi que não estava preso na rocha. Era mesmo um peixe! E como me assustei quando o vejo saltar no ar, com medo que desferrasse face ao tamanho que parecia ter. Não era nenhum tarolo daqueles, mas já foi um excelente prémio. Valeu o esforço! Foi mesmo o último lançamento porque não consegui tirar a amostra (a única que já tinha) do peixe. Até com ele morto foi difícil, estava preso nas 3 fateixas! Acusou 2,980 kg na balança.




domingo, 9 de março de 2014

Fotografias

Hoje fui dar uma volta por algumas praias aqui no concelho de Aljezur. Aqui ficam algumas fotos.











O estado da descida para a praia